terça-feira, 23 de outubro de 2012

ALDI - Terceira parte


  Sim, Taka estava determinado a saber o que havia de tão interessante naquele canto, digamos, excluído de toda a extensão do reino de seu pai. Várias coisas se passaram na sua mente, imaginava cada detalhe medonho e assombroso daquele pequeno lugar. Um sorriso curioso escapara sem querer de seus pequenos lábios, logo Ahadi repara:
- No que pensa, filho? - sorri ele
- Em nada papai. Só quero mesmo conhecer cada pedacinho desse reino, que será meu! - brinca Taka
- É o que veremos! - diz Mufasa
   Logo estavam a brincar. Ahadi ri dos filhos:
- Vamos crianças, quero que vejam uma coisa.
   Descem os três até as planices verdes do reino. Antílopes alimentavam-se naquela região. Bejide, um filhote de tigre, passeava com sua mãe, aparentemente, quando os filhos do rei apareceram. Logo estavam os três se divertindo. A mãe de Bejide resolve chamá-la, que logo se despede de seus amigos. Ahadi começa a explicar o que realmente queria falar aos seus filhos:
- Meninos, ouçam. Tudo que vocês vêem, fazem parte de um belo equilíbrio, e o rei deve respeitar tudo e à todos, desde a formiga até os antílopes.
- Mas comemos antílopes, papai! - diz Mufasa, apreensivo
- Sim Mufasa. Mas quando você morre, seu corpo se torna grama...
- E o antílope como ela, não é, papai? - interrompe Taka
- Sim Taka - sorri Ahadi - E desta forma, estamos todos ligados ao grande ciclo da vida.
- UAAAUUUU! - dizem os pequenos em coro
   Ahadi apenas sorri com a reação dos pequenos. Logo estão os três a passear um pouco mais pelo reino. A parte da tarde se inicia, já na Pedra do Rei...
- Papai, podemos sair para brincar? - pergunta Taka, completamente alvoroçado
- É claro que sim, meus filhos!
- VIVAAA!
- Mas prestem atenção! - os dois logo pararam de comemorar - Fiquem por perto! - sorri Ahadi - Agora podem ir!
  E logo se vão os filhotes, se divertirem pelas ''entranhas'' das Terras do Reino. Mufasa não poderia estar mais feliz, já Taka, estava com segundas intenções, planejando como levaria o irmão ao local que logo despertara sua curiosidade, mais uma vez! :
- Onde vamos? - pergunta Mufasa
- Em um lugar especial! - sorri Taka, sapeca
- E onde seria esse Lugar Especial?! - ironiza Mufasa
- Depois do Olho D'Água! - sorri Taka
- E o que tem de mais lá?! - pergunta Mufasa, já desconfiado
- É, é...
   Taka, estava nervoso, mal conseguia pronunciar simples palavras! Ele buscava desculpas no ar, mas não estava nada fácil. Mufasa esperava impaciente pela resposta do irmão:

CONTINUA OU NÃO...?

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

ALDI - Segunda parte


   Mal passara uma semana desde o nascimento dos filhotes. Os animais se reuniram as pés da Pedra do Reino. Uru estava com seus bebês, Rafiki os pegou carinhosamente, um em cada braço, Uru e Ahadi foram caminhando atrás de Rafiki lentamente, para ver a apresentação de seus filhos.
   Os animais ajoelharam-se na presença dos reis, e Rafiki mostrou os herdeiros a todos. Os animais gritavam, pulavam... Enfim, reverenciavam a chegada dos herdeiros. É claro que os bebês não entendiam o que estava acontecendo.
   Ahadi e Uru estavam orgulhosos, ver como todos do reino os respeitavam, apesar de serem só bebês, era gratificante. Logo que Rafiki saiu da beirada da pedra, os animais se evadiram, deixando assim o rei e a rainha curtirem seus filhos.
***
   Algumas semanas passaram. Mufasa e Taka já haviam crescido um pouco.



   Mal o sol nascera. Mufasa e Taka já estavam de pé, conversando baixinho:
- Eu quero ver o sol nascer, Mufasa - sussurra Taka
- Eu também quero, mas papai não acorda!
- Vamos acordá-lo? - diz Taka, com um sorriso sapeca
- Será que é uma boa idéia?!
- Claro que sim! Vamos!
   Os dois se aproximam silenciosamente de Ahadi, que dormia tranquilamente:
- Papai? - diz Taka
   Ahadi resmunga, mas não acorda:
- Papai, acorda! - fala Mufasa
   Ahadi não faz nenhum movimento sequer:
- Tenho uma idéia! - diz Taka
- O que é?
- Eu por uma orelha e você pela outra!
- Combinado!
   Logo, estavam pendurados nas orelhas de Ahadi, um de cada lado! Ahadi, ainda sonolento, responde:
- O que vocês querem a essa hora da manhã, filhos? - boceja
- Queremos ver o sol nascer, papai! - diz Taka, animado
- Queremos ver o reino todo daqui de cima, papai! - diz Mufasa
- Claro, claro. Vão indo na frente, vou logo atrás de vocês - boceja novamente
- Viva! - dizem, animados
   Logo, estavam os dois filhotes em frente a saída. Ahadi, esperto, deitou novamente. Uru acorda:
- É melhor você ir, senão eles não te deixarão em paz - diz ela, sonolenta
- Só mais cinco minutos.
   Ahadi volta a dormir. Da saída, Mufasa olhou para trás:
- Ele voltou a dormir? - pergunta Taka
- Sim.
- Eu por uma orelha...? - diz Taka, sapeca
- ...Você pela outra! - completa Mufasa
   Os dois irmãos correram de volta ao interior da pedra, e logo, estavam novamente mordendo as orelhas do pai:
- Vamos papai! Acorde! Vamos! - diziam juntos, puxando suas orelhas
   Uru apenas ria, deitada. Ela resolve levantar, e ajudar os filhos com Ahadi:
- Vamos Ahadi! Levante!
- Isso mamãe! Nos ajude! - ria Taka
   Ahadi não aguentava mais!
- Okay! Estou de pé! RSRS. Vão na frente, desta vez prometo que vou!
- Promete mesmo? - fala Mufasa
- Prometo. Vão, vão!
   Animados, os pequenos seguem na frente. Ahadi sorri para Uru:
- Você não me ajuda mesmo, não é?! RSRS.
- Desta vez eu tive de ajudá-los, quem sabe da próxima!? - brinca Uru
    Ahadi faz um carinho em sua rainha, e em seguida foi ver o nascer do sol com os filhos. Uru sorriu, mas logo voltou a dormir.
   Ahadi segue com seus filhos para o ponto mais alto da Pedra do Rei. Os filhotes já estavam lá, quando Ahadi se aproximou. O sol nasceu lento, com seu dourado brilho iluminando vagarosamente cada centímetro do reino.
- Que lindo papai! - dizia Taka, com brilho nos olhos
- Sim filho, muito lindo - sorriu Ahadi
- Isso TUUUUUUUUUUDO é seu reino, papai?! - diz Mufasa, de boca aberta
- Sim filho. Quem sabe, esse reino poderá ser seu.
- E meu? - pergunta Taka
- Poderá pertencer à você também Taka - sorri Ahadi
   Taka sorri, olhando o reino de seu pai e suas extensões. Logo, sua visão foi tomada por um canto escuro, que ativou sua curiosidade.
- Pai, e aquele canto? - pergunta Taka, curioso
- Não quero nenhum de vocês ali, entendido? - repreende Ahadi
- Tudo bem, papai - dizem em coro
- Ótimo.
   Ahadi conversava com Mufasa, enquanto Taka apreciava o nascer do sol, ainda pensando no canto escuro do reino:
- Eu preciso saber o que tem ali - murmura Taka para si mesmo




....CONTINUA OU NÃO?!

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

ALDI - Primeira parte


   Era madrugada na savana africana. Chovia. Os gramados do reino de Ahadi estavam molhados pelo orvalho da chuva fina e fraca.
   Nas extensões do reino, numa árvore, dormia Rafiki, um babuíno jovem, amigo de Ahadi, o rei. Todos que moravam naquele reino dormiam tranquilamente. Mas não demorou muito para Rafiki acordar, completamente agitado:
- Está na hora! Está na hora! Ele está chegando!
   Rafiki sai agitado, pulando com seu cajado até chegar a Pedra do Rei. Ele estava certo; Uru, esposa e rainha de Ahadi, estava em trabalho de parto, já fazia alguns minutos.
   Ahadi estava apreensivo, caminhando de um lado para o outro:
- Ahadi, não se preocupe. Como o sol do seu reino, o herdeiro nascerá belo e forte - sorri Rafiki
- Oh Rafiki, você sempre está certo. Espero que desta vez seja como as outras - brinca Ahadi
   Leoas do reino ajudavam Uru à ter seu filhote.
   Já fazia vinte minutos, e nada do pequeno (ou pequena) herdeiro nascer. Ahadi continuou apreensivo, muito mais do que antes. Ainda de um lado para outro, caminhava, quase corria; dava pra ver sua feição de apreensão e ansiedade. Rafiki estava no interior da Pedra do Reino, ajudando no que fosse preciso para o pequeno ver a luz do dia, ou melhor, a escuridão da madrugada.
***
   Logo completara três horas, e por incrivel que pareça, o filhote não havia nascido. Nem preciso dizer como Ahadi estava não é?! Quase entrava em um colapso nervoso:
- Ahadi! Tenha calma! - Rafiki tenta acalmá-lo
- Como posso ter calma Rafiki? É meu filho que está para nascer, e ele não nasce! Como é que posso ficar calmo? - gritava Ahadi
- HIHIHI, já vimos que esse filhote vai te dar muito trabalho - brinca Rafiki - Tudo tem seu tempo, e em seu tempo ele nascerá, basta ter paciência.
   Ahadi se sentou, Rafiki apenas sorriu para ele e voltou ao interior da pedra, para ajudar no parto. Não demorou muito para que se ouvisse o primeiro ''miado'', digamos assim, do herdeiro ao trono. Ahadi foi até onde todos estavam e viu seu filho, nas patas de Uru, dormindo tranquilamente. Ahadi olhou Uru com olhos lacrimejando, ambos estavam felizes como nunca, e Ahadi já tinha um nome reservado para o pequeno: Mufasa (sábio e corajoso). Essa tranquilidade não durou muito tempo; Uru sentiu novamente contrações, mas mais fortes que as anteriores. Ahadi pegou o bebê das patas de Uru e entregou-o à Niara, a leoa que ajudou no parto:
- Rafiki, o que está acontecendo? Por que Uru está com dores? O bebê já não nasceu?
   A preocupação de Ahadi era evidente. Rafiki, apenas o olhou com um sorriso estampado no rosto:
- Rafiki, responda!
- Temos a chegada de mais um herdeiro esta noite!
- O quê? - todos se surpreendem
   Rafiki saltitava pelos cantos:
- Alguém por favor me ajude? Eu já não aguento mais! - implora Uru, quase sem voz
   Novamente, as leoas voltam a ajudar a rainha a ter o seu segundo filho.
   Passaram-se mais ou menos vinte minutos, e o segundo bebê veio ao mundo. Uru pôs o nome do pequeno de Taka (sensibilidade e compaixão). Agora, os dois irmãos estavam juntos, no colo da mãe. Ahadi estava mais feliz do que nunca! Ele fez um carinho em sua rainha, os bebês prestaram atenção, como se entendessem o que estava acontecendo.
   Rafiki deu-lhe os parabéns, todos transbordavam felicidade. Logo, Uru, Ahadi e seus bebês estavam à sós. Rafiki voltou a sua árvore e fez o desenho dos dois filhotes, e sorriu ao terminá-los. O nascer do sol lhes mostrou os primeiros raios do dia; os filhotes estavam cansados, mas não tanto quanto a mãe. Ambos adormeceram.
   Agora Ahadi tinha um problema: apesar de estar feliz pelos filhos, estava preocupado com o trono, qual deles o ocuparia? Qual de seus filhos seria capaz de reinar? Bom, ele tinha muito tempo para pensar nisso...
- Esse é o inicio de uma aventura...
   Murmura Ahadi para si mesmo, observando o sol de seu reino brilhar.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

ALDI - Terceira parte


  Sim, Taka estava determinado a saber o que havia de tão interessante naquele canto, digamos, excluído de toda a extensão do reino de seu pai. Várias coisas se passaram na sua mente, imaginava cada detalhe medonho e assombroso daquele pequeno lugar. Um sorriso curioso escapara sem querer de seus pequenos lábios, logo Ahadi repara:
- No que pensa, filho? - sorri ele
- Em nada papai. Só quero mesmo conhecer cada pedacinho desse reino, que será meu! - brinca Taka
- É o que veremos! - diz Mufasa
   Logo estavam a brincar. Ahadi ri dos filhos:
- Vamos crianças, quero que vejam uma coisa.
   Descem os três até as planices verdes do reino. Antílopes alimentavam-se naquela região. Bejide, um filhote de tigre, passeava com sua mãe, aparentemente, quando os filhos do rei apareceram. Logo estavam os três se divertindo. A mãe de Bejide resolve chamá-la, que logo se despede de seus amigos. Ahadi começa a explicar o que realmente queria falar aos seus filhos:
- Meninos, ouçam. Tudo que vocês vêem, fazem parte de um belo equilíbrio, e o rei deve respeitar tudo e à todos, desde a formiga até os antílopes.
- Mas comemos antílopes, papai! - diz Mufasa, apreensivo
- Sim Mufasa. Mas quando você morre, seu corpo se torna grama...
- E o antílope como ela, não é, papai? - interrompe Taka
- Sim Taka - sorri Ahadi - E desta forma, estamos todos ligados ao grande ciclo da vida.
- UAAAUUUU! - dizem os pequenos em coro
   Ahadi apenas sorri com a reação dos pequenos. Logo estão os três a passear um pouco mais pelo reino. A parte da tarde se inicia, já na Pedra do Rei...
- Papai, podemos sair para brincar? - pergunta Taka, completamente alvoroçado
- É claro que sim, meus filhos!
- VIVAAA!
- Mas prestem atenção! - os dois logo pararam de comemorar - Fiquem por perto! - sorri Ahadi - Agora podem ir!
  E logo se vão os filhotes, se divertirem pelas ''entranhas'' das Terras do Reino. Mufasa não poderia estar mais feliz, já Taka, estava com segundas intenções, planejando como levaria o irmão ao local que logo despertara sua curiosidade, mais uma vez! :
- Onde vamos? - pergunta Mufasa
- Em um lugar especial! - sorri Taka, sapeca
- E onde seria esse Lugar Especial?! - ironiza Mufasa
- Depois do Olho D'Água! - sorri Taka
- E o que tem de mais lá?! - pergunta Mufasa, já desconfiado
- É, é...
   Taka, estava nervoso, mal conseguia pronunciar simples palavras! Ele buscava desculpas no ar, mas não estava nada fácil. Mufasa esperava impaciente pela resposta do irmão:

CONTINUA OU NÃO...?

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

ALDI - Segunda parte


   Mal passara uma semana desde o nascimento dos filhotes. Os animais se reuniram as pés da Pedra do Reino. Uru estava com seus bebês, Rafiki os pegou carinhosamente, um em cada braço, Uru e Ahadi foram caminhando atrás de Rafiki lentamente, para ver a apresentação de seus filhos.
   Os animais ajoelharam-se na presença dos reis, e Rafiki mostrou os herdeiros a todos. Os animais gritavam, pulavam... Enfim, reverenciavam a chegada dos herdeiros. É claro que os bebês não entendiam o que estava acontecendo.
   Ahadi e Uru estavam orgulhosos, ver como todos do reino os respeitavam, apesar de serem só bebês, era gratificante. Logo que Rafiki saiu da beirada da pedra, os animais se evadiram, deixando assim o rei e a rainha curtirem seus filhos.
***
   Algumas semanas passaram. Mufasa e Taka já haviam crescido um pouco.



   Mal o sol nascera. Mufasa e Taka já estavam de pé, conversando baixinho:
- Eu quero ver o sol nascer, Mufasa - sussurra Taka
- Eu também quero, mas papai não acorda!
- Vamos acordá-lo? - diz Taka, com um sorriso sapeca
- Será que é uma boa idéia?!
- Claro que sim! Vamos!
   Os dois se aproximam silenciosamente de Ahadi, que dormia tranquilamente:
- Papai? - diz Taka
   Ahadi resmunga, mas não acorda:
- Papai, acorda! - fala Mufasa
   Ahadi não faz nenhum movimento sequer:
- Tenho uma idéia! - diz Taka
- O que é?
- Eu por uma orelha e você pela outra!
- Combinado!
   Logo, estavam pendurados nas orelhas de Ahadi, um de cada lado! Ahadi, ainda sonolento, responde:
- O que vocês querem a essa hora da manhã, filhos? - boceja
- Queremos ver o sol nascer, papai! - diz Taka, animado
- Queremos ver o reino todo daqui de cima, papai! - diz Mufasa
- Claro, claro. Vão indo na frente, vou logo atrás de vocês - boceja novamente
- Viva! - dizem, animados
   Logo, estavam os dois filhotes em frente a saída. Ahadi, esperto, deitou novamente. Uru acorda:
- É melhor você ir, senão eles não te deixarão em paz - diz ela, sonolenta
- Só mais cinco minutos.
   Ahadi volta a dormir. Da saída, Mufasa olhou para trás:
- Ele voltou a dormir? - pergunta Taka
- Sim.
- Eu por uma orelha...? - diz Taka, sapeca
- ...Você pela outra! - completa Mufasa
   Os dois irmãos correram de volta ao interior da pedra, e logo, estavam novamente mordendo as orelhas do pai:
- Vamos papai! Acorde! Vamos! - diziam juntos, puxando suas orelhas
   Uru apenas ria, deitada. Ela resolve levantar, e ajudar os filhos com Ahadi:
- Vamos Ahadi! Levante!
- Isso mamãe! Nos ajude! - ria Taka
   Ahadi não aguentava mais!
- Okay! Estou de pé! RSRS. Vão na frente, desta vez prometo que vou!
- Promete mesmo? - fala Mufasa
- Prometo. Vão, vão!
   Animados, os pequenos seguem na frente. Ahadi sorri para Uru:
- Você não me ajuda mesmo, não é?! RSRS.
- Desta vez eu tive de ajudá-los, quem sabe da próxima!? - brinca Uru
    Ahadi faz um carinho em sua rainha, e em seguida foi ver o nascer do sol com os filhos. Uru sorriu, mas logo voltou a dormir.
   Ahadi segue com seus filhos para o ponto mais alto da Pedra do Rei. Os filhotes já estavam lá, quando Ahadi se aproximou. O sol nasceu lento, com seu dourado brilho iluminando vagarosamente cada centímetro do reino.
- Que lindo papai! - dizia Taka, com brilho nos olhos
- Sim filho, muito lindo - sorriu Ahadi
- Isso TUUUUUUUUUUDO é seu reino, papai?! - diz Mufasa, de boca aberta
- Sim filho. Quem sabe, esse reino poderá ser seu.
- E meu? - pergunta Taka
- Poderá pertencer à você também Taka - sorri Ahadi
   Taka sorri, olhando o reino de seu pai e suas extensões. Logo, sua visão foi tomada por um canto escuro, que ativou sua curiosidade.
- Pai, e aquele canto? - pergunta Taka, curioso
- Não quero nenhum de vocês ali, entendido? - repreende Ahadi
- Tudo bem, papai - dizem em coro
- Ótimo.
   Ahadi conversava com Mufasa, enquanto Taka apreciava o nascer do sol, ainda pensando no canto escuro do reino:
- Eu preciso saber o que tem ali - murmura Taka para si mesmo




....CONTINUA OU NÃO?!

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

ALDI - Primeira parte


   Era madrugada na savana africana. Chovia. Os gramados do reino de Ahadi estavam molhados pelo orvalho da chuva fina e fraca.
   Nas extensões do reino, numa árvore, dormia Rafiki, um babuíno jovem, amigo de Ahadi, o rei. Todos que moravam naquele reino dormiam tranquilamente. Mas não demorou muito para Rafiki acordar, completamente agitado:
- Está na hora! Está na hora! Ele está chegando!
   Rafiki sai agitado, pulando com seu cajado até chegar a Pedra do Rei. Ele estava certo; Uru, esposa e rainha de Ahadi, estava em trabalho de parto, já fazia alguns minutos.
   Ahadi estava apreensivo, caminhando de um lado para o outro:
- Ahadi, não se preocupe. Como o sol do seu reino, o herdeiro nascerá belo e forte - sorri Rafiki
- Oh Rafiki, você sempre está certo. Espero que desta vez seja como as outras - brinca Ahadi
   Leoas do reino ajudavam Uru à ter seu filhote.
   Já fazia vinte minutos, e nada do pequeno (ou pequena) herdeiro nascer. Ahadi continuou apreensivo, muito mais do que antes. Ainda de um lado para outro, caminhava, quase corria; dava pra ver sua feição de apreensão e ansiedade. Rafiki estava no interior da Pedra do Reino, ajudando no que fosse preciso para o pequeno ver a luz do dia, ou melhor, a escuridão da madrugada.
***
   Logo completara três horas, e por incrivel que pareça, o filhote não havia nascido. Nem preciso dizer como Ahadi estava não é?! Quase entrava em um colapso nervoso:
- Ahadi! Tenha calma! - Rafiki tenta acalmá-lo
- Como posso ter calma Rafiki? É meu filho que está para nascer, e ele não nasce! Como é que posso ficar calmo? - gritava Ahadi
- HIHIHI, já vimos que esse filhote vai te dar muito trabalho - brinca Rafiki - Tudo tem seu tempo, e em seu tempo ele nascerá, basta ter paciência.
   Ahadi se sentou, Rafiki apenas sorriu para ele e voltou ao interior da pedra, para ajudar no parto. Não demorou muito para que se ouvisse o primeiro ''miado'', digamos assim, do herdeiro ao trono. Ahadi foi até onde todos estavam e viu seu filho, nas patas de Uru, dormindo tranquilamente. Ahadi olhou Uru com olhos lacrimejando, ambos estavam felizes como nunca, e Ahadi já tinha um nome reservado para o pequeno: Mufasa (sábio e corajoso). Essa tranquilidade não durou muito tempo; Uru sentiu novamente contrações, mas mais fortes que as anteriores. Ahadi pegou o bebê das patas de Uru e entregou-o à Niara, a leoa que ajudou no parto:
- Rafiki, o que está acontecendo? Por que Uru está com dores? O bebê já não nasceu?
   A preocupação de Ahadi era evidente. Rafiki, apenas o olhou com um sorriso estampado no rosto:
- Rafiki, responda!
- Temos a chegada de mais um herdeiro esta noite!
- O quê? - todos se surpreendem
   Rafiki saltitava pelos cantos:
- Alguém por favor me ajude? Eu já não aguento mais! - implora Uru, quase sem voz
   Novamente, as leoas voltam a ajudar a rainha a ter o seu segundo filho.
   Passaram-se mais ou menos vinte minutos, e o segundo bebê veio ao mundo. Uru pôs o nome do pequeno de Taka (sensibilidade e compaixão). Agora, os dois irmãos estavam juntos, no colo da mãe. Ahadi estava mais feliz do que nunca! Ele fez um carinho em sua rainha, os bebês prestaram atenção, como se entendessem o que estava acontecendo.
   Rafiki deu-lhe os parabéns, todos transbordavam felicidade. Logo, Uru, Ahadi e seus bebês estavam à sós. Rafiki voltou a sua árvore e fez o desenho dos dois filhotes, e sorriu ao terminá-los. O nascer do sol lhes mostrou os primeiros raios do dia; os filhotes estavam cansados, mas não tanto quanto a mãe. Ambos adormeceram.
   Agora Ahadi tinha um problema: apesar de estar feliz pelos filhos, estava preocupado com o trono, qual deles o ocuparia? Qual de seus filhos seria capaz de reinar? Bom, ele tinha muito tempo para pensar nisso...
- Esse é o inicio de uma aventura...
   Murmura Ahadi para si mesmo, observando o sol de seu reino brilhar.